sexta-feira, 4 de outubro de 2013

1 mês fora de casa

Hoje, dia 4 de outubro completa 1 mês que saí de casa rumo ao intercâmbio em Portugal. Às vezes dá a impressão que faz meses que eu estou aqui. A adaptação ao estilo de vida português foi relativamente rápido comparado ao que imaginava que seria. Mas ao mesmo tempo parece que faz apenas 1 semana. A cada dia que passo aqui aprendo algo diferente e tenho desafios diferentes.
Pois é. Muita coisa já aconteceu nessas 4 semanas. Chorei desesperadamente porque não tinha achado nenhum lugar para morar. Me encantei com o campus da Universidade que se difere muito do meu. Fiquei feliz porque achei meu cantinho. Viajei para 4 cidades já. Fiz trilha, algo pelo qual sou apaixonada, em terras desconhecidas. Pedi carona para voltar para casa. Fiz amigos. Dormi tarde porque não conseguia dormir em conseqüência do som do barzinho aqui em frente de casa. Me perdi na Universidade. Fiquei meia hora esperando a turma e o professor chegar, mas eles não chegaram. Acordei atrasada para aula e quando acordei, me falaram que o professor não tinha ido. Andei na chuva. Andei no sol escaldante. Enfim, fiz muitas coisas das quais com certeza não teria feito metade delas se não tivesse saído da minha zona de conforto do Brasil.
Contudo, nada disso teria acontecido se a minha Universidade não tivesse confiado em mim para ‘representá-la’ na Universidade parceira, se meus pais não tivessem confiado em mim de ‘me largar’ num continente estranho para ficar um ano sozinha e ter as minhas responsabilidades e se eu não tivesse largado meus amigos e familiares e recomeçado praticamente uma vida nova do zero.
A saudade da minha família, dos meus amigos, das pessoas que deixei lá, do colo da minha mãe, das palhaçadas com meus amigos, do sotaque português brasileiro, do feijão com arroz e farinha, da bisteca de porco com couve refogada com bacon, de ter um forninho em casa, de poder andar de carro nos dias de frio e chuva, de sair com meus amigos nos fins de semana, de ficar em casa vendo filme com eles no fim de semana, de não ter vergonha de perguntar em sala de aula, da minha faculdade em que todos os alunos se conhecem já é grande. Na realidade sinto falta de coisas que nunca teria imaginado que fariam falta para mim.
Agradeço infinitamente aos meus pais por terem me proporcionado essa oportunidade. Se não fosse o esforço, a luta que vocês tiveram para chegar aonde chegaram, dificilmente eu estaria aqui em Portugal. Agradeço à galera do Núcleo de Relações Internacionais da minha faculdade por terem aguentado as minhas idas e aporrinhações semanais lá no escritório deles. E também quero agradecer muito aos meus amigos que apesar de não quererem que eu ficasse longe por conta da saudade e da parceria, não foram egoístas um único momento e sempre me encorajaram e estimularam a minha vinda para cá nos meus momentos de pânico. Muito obrigada gente, mesmo! Eu amo e sinto muitas saudades de vocês!

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