domingo, 27 de outubro de 2013

Saudade

Às vezes pensamos que o melhor que temos que fazer no momento é mudar de vida. Mudar de ares, viver novas experiências, conhecer novas pessoas e viver coisas que jamais cogitaríamos antes.
 O que ocorre é que tudo – TUDO!- tem um lado bom e um lado ruim. Vir para o intercâmbio sem dúvida está sendo uma experiência muito boa para o meu amadurecimento como pessoa e para o meu auto-conhecimento. Eu mesma gerencio minha própria vida, se quiser acordar as 10 horas da manhã, eu acordo. Se eu quiser pagar o aluguel e gastar o resto do dinheiro em roupas e Mc Donald’s (amiga Beatriz feelings), eu faço. Logicamente que não vou fazer isso por que sempre fui uma pessoa mais centrada (e mão de vaca) em relação a isso e seria estupidez da minha parte.
Mas mudando o foco, a parte ruim de mudar de moradia (ou cidade, ou país) é que geralmente a pessoa tem que recomeçar a vida do zero. Eu vim pra cá com apenas 2 conhecidos. A Mari (a que já estava aqui antes de eu vir e que estuda na mesma universidade que eu no Brasil) e o meu colega de apartamento, que também veio da mesma universidade que eu. Apesar disso, as coisas não andam tão fáceis assim. Fiz amizade aqui? Fiz, com certeza. Porém as meninas com quem fiz amizade moram longe do local aonde moro, aí fazer coisas juntas começa a complicar. A maioria da galera aqui combina com os amigos que moram perto (as pessoas que moram aqui perto combinam de sair juntos e as pessoas que moram nas residências também combinam de sair juntos). O que complica pra mim. Gostaria muito de sair com meus amigos, porém como moram longe, a dificuldade para sair aumenta, já que se deslocar sozinha não é algo muito aconselhável.
Chegando ao ponto que eu quero chegar. Apesar de eu estar gostando muito do estilo europeu de se viver, sinto MUITA falta dos meus amigos e familiares aqui. Sinto falta do colo de mãe que eu preciso nas horas difíceis, sinto falta das palhaçadas e saídas com meus amigos, sinto falta de confiar em desabafar e falar besteiras com alguém, sinto falta da intimidade que eu tenho com meus amigos, sinto falta de entenderem minhas manias e entender a mania dos outros, sinto falta de ligar pra alguma amiga e combinar algo de (quase) imediato e sinto que tenho um certo receio de que posso não aguentar ficar aqui até o final.

É extremamente ruim ficar longe das pessoas que amamos, principalmente quando ainda não conseguimos nos habitar direito no novo ambiente.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Dois dias na maravilhosa Sevilla

Acordamos à 5h, pegamos o metro e fomos à Estación de Autobuses que fica na Estação Mendez Álvaro. Após idas e vindas conseguimos descobrir a plataforma de onde sairia o ônibus da Socibus que nos levaria para Sevilha.  Nos acomodamos nos acentos da frente que havíamos  adquirido antecipadamente.
Após uma paisagem praticamente igual, de oliveiras e plantações de trigo, avistamos algumas pequenas cidades que possuem casas igualmente pintadas de branco. Passamos por Córdoba e após 6 horas de viagem chegamos em Sevilha. O calor era intenso, 38º C. Apanhamos nossas bagagens, fomos para a pousada e saímos para fazer reconhecimento de área já com nosso mapa em mãos. Lembrando que Sevilha é como Toledo ou outra cidade medieval, cheia de ruelas e surpresas. Ao se perder, descobre-se algo que não estava no mapa. Ao final da tarde passamos pela Catedral, Alcazár, porém não entramos o que faríamos no outro dia. Passamos pela Universidade de Sevilha. Ficamos maravilhadas com tanta nobreza e beleza. Fantástica! Adentramos sem cerimônia. O impulso e a curiosidade foram maiores que tudo. A Universidade lembra muito aqueles palácios medievais. Nada parecido com as Universidades brasileiras e nem com a Universidade do Minho. Ela tem uma construção antiga e é cheia de estátuas e monumentos. Até o piso dela é diferente!
Por termos atravessado a Universidade, chegamos a um ponto da cidade em que não estávamos conseguindo localizar. Ou seja, nos perdemos. Paramos um garoto com bicicleta que estava para atravessar a rua e ele nos passou as informações como faríamos para voltar à região da Catedral novamente. Nas redondezas da Catedral há ruas que possuem diversas opções para jantar. Seguimos a recomendação do garoto da recepção da pousada em jantar em um determinado restaurante, porém apesar de ser 19 horas da “noite”, o restaurante ainda se encontrava fechado. Resolvemos entrar no restaurante do lado, que passou uma imagem de restaurante bom e barato. Jantamos tapas de camarão e perguntamos o que era aquela bebida que todos estavam tomando. Sangria. Pedimos uma para provar. Uma delícia! Uma bebida tipicamente espanhola que todos devem provar algum dia.Voltamos à pousada para dormir e aguardar um novo dia cheio de surpresas.
No dia seguinte começamos nosso passeio pela Plaza de la España. É algo de tirar o fôlego! Está situado no interior do Parque de Maria Luísa. A forma semicircular representa o abraço da Espanha e de suas antigas colônias e simboliza o caminho para a América. A construção não é tão antiga, pois foi projetada em 1929. Decorada com tijolos à vista, mármore e cerâmica, que dão um toque renascentista e barroco às suas torres.
Praça da Espanha vista de um dos ângulos - foto Erika Bartachevits
Depois fomos visitar o Palácio Real Alcazar de Sevilla que não parecia surpreendente, mas é magnífico, os azulejos, o teto, as paredes e o jardim.  Atravessamos a rua e fomos à Catedral de Sevilla. É algo inexplicável, inenarrável, grandioso! Uma mesquita que começou a ser construída em 1248 foi transformada mais tarde em catedral. Uma das maiores do mudo. Além das diversas capelas possui o pátio das laranjas e a Giralda que é a torre de 34 lances de rampa que levam a torre onde estão mais de 20 sinos de diferentes tamanhos e dela pode-se ter uma vista de Sevilha.
Parte de trás da Catedral de Sevilla
Catedral vista da Torre Giralda - foto Erika Bartachevits

Saímos da Catedral pouco tempo antes do limite de encerramento. Voltamos ao mesmo lugar do dia anterior para comer. Após comer tapas e tomar nossa sangria na Botega fomos descansar no hostel. No outro dia cedinho resolvemos conhecer Sevilha de bicicleta. Alugamos uma por 3 euros a hora e lá fomos nós. Após o almoço deixamos Sevilha para trás com o trem AVE. Em 2h30mim estivemos de volta à Madri.
Após a chegada em Madri, fizemos o check-in em um Hostel localizado a uma quadra da Estação Atocha e em seguida fomos dar uma última pernada por Madri. Visitamos o Museu Reina Sofia e na Plaza Mayor. Pela manhã acordamos as 5horas e fomos a pé para estação Atocha Renfe, onde pegaríamos a Linha Exprés Aeropuerto – EMT para o terminal T1, onde apanharíamos nosso voo para Porto. Demos adiós a Madrid e a Espanha.            

domingo, 13 de outubro de 2013

Um dia em Toledo

Acordamos 5h30mim, pois tínhamos que pegar o trem para Toledo as 7h50mim. Para chegar à estação apanhamos o metrô linha 1 (azul) e descemos na Atocha Renfe (o nome justifica-se em razão da Estação Renfe de trem). Foi uma viagem rápida de 30 minutos. Chegando à estação optamos por fazer o percurso até a cidade a pé. Como a parte histórica da cidade é circundada pelas muralhas, em cinco minutos de caminhada já foram avistadas as muralhas de Toledo. Como havíamos chegado cedo, ainda não estava disponível na estação os mapas da oficina de turismo. Por sorte, como de hábito antes de viajar recorremos ao google maps e fizemos nossos mapas. E lá fomos nós. Após subidas e descidas, passar pelo portal antigo, portal novo e ruelas chegamos a diversas e longas escadas rolantes que nos levou a oficina de turismo da prefeitura. Lá conseguimos um mapa e ouvimos as explicações de uma funcionária que indicou o caminho, pois naquela altura, já estávamos perdidas.
Toledo vista de fora - foto Erika Bartachevits 
 Como fomos em uma segunda-feira a maioria das igrejas estavam fechadas. Mas deu para entrar na Igreja dos Jesuítas de Toledo, onde pagamos 2,5 euros com a possibilidade de visitar e subir nas torres e ver a cidade de cima. Essa igreja tem um estilo muito parecido com as igrejas da Península Ibérica. Assim como as Igrejas do Peru, algumas que vi de Portugal e as de Sevilla, ela possui diversas capelas no interior, cada uma com um santo diferente.

Toledo vista de uma das torres da Igreja dos Jesuítas - foto Erika Bartachevits
 Depois de muitos labirintos chegamos a imponente Catedral de Toledo. Assim como outras igrejas que já tínhamos visto e que iríamos ver ainda, a Catedral de Toledo tem um estilo gótico. Muito grande e bonita.  Continuamos a nos guiar pelo mapa. A cada ruela uma conferida no mapa. Mas mesmo assim conseguimos nos perder. Paramos, sentamos, bebemos toda a água que ainda havia disponível na garrafa, reprogramamos a rota e achamos o caminho. Continuamos a caminhada e chegamos o grandioso Alcazár de Toledo! Na sua frente penhascos e a vista dos rochedos da Ponte de Alcântara. Deslumbrante!  

Catedral de Toledo em frente a
 praça da Prefeitura - foto Erika Bartachevits
Uma das ruas de Toledo -
foto Erika Bartachevits
Fomos então almoçar, pois a esta altura a fome era muito grande. Após o almoço fomos ao mirante e descemos o caminho antigo que nos levou a Ponte de Alcantara. Saímos rumo à estação de trem. Era um pouco depois das duas horas da tarde, porém, a passagem que havíamos comprado era apenas para as 7 horas da noite. Ao chegar a Estação fomos ao guichê de venda de bilhetes, explicamos a situação e conseguimos adiantar o retorno para as 5 horas. Ficamos tirando foto e descansando um pouco e logo em seguida nos despedimos de Toledo. 
Após o retorno de Toledo fomos dar um passeio na Plaza da España, Gran Via, dar uma caminhada por Cuecas, Portal de Alcalá e Parque do Bom Retiro, em Madri. No outro dia iríamos para Sevilha passar 2 dias.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Reflexões de uma madrugada

Antes de vir pra cá eu imaginava que iria ser horrível os primeiros meses, que eu não iria aguentar a saudade da minha família e amigos. Pensei que, por ser uma pessoa difícil de lidar, não conseguiria conviver bem com quem fosse viver comigo. Achei que eu acharia praticamente impossível entender o sotaque daqui. 
            Mas mais uma vez eu estava enganada, eu acho. Sim, a saudade é grande já e o intercâmbio mal começou, mas com a tecnologia que temos hoje, ela pode ser amenizada de uma maneira que há 10 anos não era possível. Não há um dia que eu não tenha contato de pelo menos 1 do meu círculo familiar ou de amigos. Por incrível que pareça, as coisas aqui em casa estão ótimas. Sempre um colabora com a rotina de arrumação e limpeza da casa. Um faz as compras essenciais, outro tira o lixo. Um limpa a cozinha e o outro, o banheiro. É assim, simples assim. Quando dá uma folguinha, um faz alguma coisa que precisa. E em relação às aulas, bem, lógico que tem pessoas que é um pouco mais difícil de entender, principalmente porque aqui além de eles ‘cortarem’ as palavras/sílabas, eles falam mais rápido que nós. Mas a maioria das pessoas eu consigo entender bem.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Minha vida aqui em Portugal

Eu (praticamente) não escrevi sobre o meu dia-a-dia daqui no blog ainda. Na primeira semana de aula, que foi pelo dia 16 de outubro, eu não tive aula.
Na verdade o que aconteceu foi que na segunda feira, primeiro dia de aula lá fui eu pra aula, nervosa de como seria. Não fui direto para a sala porque não sabia aonde era. Pelo menos aqui em Braga, as aulas dos cursos não são concentradas nos prédios de cada curso. Ou seja, apenas algumas aulas do curso de Direito são lecionadas no prédio da Escola de Direito. Quando localizei o meu prédio, continuei perdida. Fui para a sala da administração do prédio, ou algo assim, sei lá como chamam e perguntei à senhora aonde que era a minha sala. A senhora prontamente me levou a minha sala e disse que geralmente os professores demoram no primeiro dia, mas chegam. O que estranhei foi que não havia absolutamente aluno algum em frente a sala esperando. Mas não hesitei e continuei ali. Passou-se meia hora e decidi voltar pra casa, uma vez que a porta da sala estava fechada, nenhum aluno, muito menos o professor havia chegado.
Voltei pra casa, arrumei mais um pouco a minha grade, deu o horário da aula de Direito Internacional e lá fui eu para a Universidade novamente. Fui para o outro prédio de salas de aula, novamente fiquei perdida e depois de algum tempo pedi ajuda para uma veterana com aqueles trajes ‘harrypotterianos’. A menina me levou até a sala. Só que desta vez os alunos estavam lá em frente à sala esperando o professor. Ficamos mais meia hora esperando, nada do professor chegar e fomos embora.
No mesmo dia eu teria outra aula ao final da tarde, porém já tinha resolvido não comparecer uma vez que seria o último dia da minha mãe comigo em Braga, portanto queria aproveitar o dia com ela.
Como estávamos vendo com os outros alunos que a situação de não ter aula nos primeiros dias de aula também ocorria, decidimos que iríamos pra aula apenas na outra semana.
Na segunda-feira subseqüente, como já dito nesse post eu fiquei doente, portanto nada de aula naquele dia. Na terça-feira eu tive aula normal. Na quarta-feira o professor de Direito Constitucional apareceu 37 minutos atrasado. Falou por uns 20 minutos como seria a disciplina, das provas e das doutrinas a serem utilizadas e falou que as aulas práticas só teriam início no dia 15 de outubro. Ao final tirou algumas dúvidas e disse que era tudo para aquele dia e se retirou da sala.
No dia seguinte, quinta-feira eu tive a primeira aula, Filosofia Política. O professor parecia que já tinha adiantado um pouco a matéria, porém nada que eu ficaria totalmente perdida. No resto do dia eu teria a aula prática da minha matéria amada, mas como dito antes, só dali duas semanas. Portanto fui pra casa, fiz meu almoço e voltei pra Universidade para ter uma outra disciplina. Fui pra sala, nenhum aluno estava a espera. Fiquei 1 hora andando um pouco pela universidade e voltando para a sala. Nada. Decidi ir ao BragaParque dar uma volta e fazer umas compras no mercado. Dali a mais uma hora e pouquinho eu teria a aula prática dessa disciplina que não tive minutos antes. A mesma coisa aconteceu, fui pra sala, não tinha ninguém e fui embora.
Na sexta, a aula seria apenas a tarde, as 16 horas. Mas como era a aula dita prática de Filosofia, então teve normalmente.
Nessa semana teve algumas matérias que ainda não normalizaram. Como por exemplo, não teve nenhuma das aulas de Direito Constitucional e nem de Direito Administrativo. Para ser sincera me falaram que o professor dessa disciplina é meio “largado” e se eu perceber que é verdade, vou tentar refazer o meu plano de estudo.
Agora eu comecei (na verdade foram apenas 2 dias) as minhas atividades físicas, então a partir daí saberei melhor como será meu cotidiano aqui.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Desvendando o sistema de metrô de Madri

O sistema de metrô de Madri possui 12 linhas. Destas, a linha 6 (cinza) serve como linha circular para permitir o acesso a outras linhas. O importante é saber onde você está e para onde quer ir. Olhe a linha que precisa apanhar, observando os nomes dos extremos das linhas e a estação que precisa descer ou trocar de metrô. O Plano esquemático da rede pode ser obtido, juntamente com o mapa da cidade em qualquer hotel da cidade ou oficina turística.
Por exemplo: para quem está na Calle Atocha, como nós, perto da estação Antón Martin, deve -se escolher a linha 1 (azul – Pinar de Chamartin a Valdecarros). Então, no nosso caso, quando precisamos nos deslocar de metro para a Estacíon de Autobuses (estação rodoviária) pegamos o metrô na estação Antón Martin no sentido Valdecarros, descer na estação Pacífico, trocar para linha 6 e descer na próxima estação, a Menendez Álvaro – onde está a Estación de Autobuses. Para retornar, pegar o mesmo linha 6, só que desta vez no sentido contrário, descer na estação Pacífico, apanhar o metro linha 1 no sentido Piñar de Chamartin e descer na estação Antón Martin.
 De início, para quem vem de cidades que não possuem metrô, como nós, pode ser complicado e um labirinto, mas você pega o esquema rápido.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

1 mês fora de casa

Hoje, dia 4 de outubro completa 1 mês que saí de casa rumo ao intercâmbio em Portugal. Às vezes dá a impressão que faz meses que eu estou aqui. A adaptação ao estilo de vida português foi relativamente rápido comparado ao que imaginava que seria. Mas ao mesmo tempo parece que faz apenas 1 semana. A cada dia que passo aqui aprendo algo diferente e tenho desafios diferentes.
Pois é. Muita coisa já aconteceu nessas 4 semanas. Chorei desesperadamente porque não tinha achado nenhum lugar para morar. Me encantei com o campus da Universidade que se difere muito do meu. Fiquei feliz porque achei meu cantinho. Viajei para 4 cidades já. Fiz trilha, algo pelo qual sou apaixonada, em terras desconhecidas. Pedi carona para voltar para casa. Fiz amigos. Dormi tarde porque não conseguia dormir em conseqüência do som do barzinho aqui em frente de casa. Me perdi na Universidade. Fiquei meia hora esperando a turma e o professor chegar, mas eles não chegaram. Acordei atrasada para aula e quando acordei, me falaram que o professor não tinha ido. Andei na chuva. Andei no sol escaldante. Enfim, fiz muitas coisas das quais com certeza não teria feito metade delas se não tivesse saído da minha zona de conforto do Brasil.
Contudo, nada disso teria acontecido se a minha Universidade não tivesse confiado em mim para ‘representá-la’ na Universidade parceira, se meus pais não tivessem confiado em mim de ‘me largar’ num continente estranho para ficar um ano sozinha e ter as minhas responsabilidades e se eu não tivesse largado meus amigos e familiares e recomeçado praticamente uma vida nova do zero.
A saudade da minha família, dos meus amigos, das pessoas que deixei lá, do colo da minha mãe, das palhaçadas com meus amigos, do sotaque português brasileiro, do feijão com arroz e farinha, da bisteca de porco com couve refogada com bacon, de ter um forninho em casa, de poder andar de carro nos dias de frio e chuva, de sair com meus amigos nos fins de semana, de ficar em casa vendo filme com eles no fim de semana, de não ter vergonha de perguntar em sala de aula, da minha faculdade em que todos os alunos se conhecem já é grande. Na realidade sinto falta de coisas que nunca teria imaginado que fariam falta para mim.
Agradeço infinitamente aos meus pais por terem me proporcionado essa oportunidade. Se não fosse o esforço, a luta que vocês tiveram para chegar aonde chegaram, dificilmente eu estaria aqui em Portugal. Agradeço à galera do Núcleo de Relações Internacionais da minha faculdade por terem aguentado as minhas idas e aporrinhações semanais lá no escritório deles. E também quero agradecer muito aos meus amigos que apesar de não quererem que eu ficasse longe por conta da saudade e da parceria, não foram egoístas um único momento e sempre me encorajaram e estimularam a minha vinda para cá nos meus momentos de pânico. Muito obrigada gente, mesmo! Eu amo e sinto muitas saudades de vocês!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A bela capital espanhola, Madrid

Ao Chegar em Madri pegamos o ônibus da Línea Exprés Aeropuerto – EMT  que faz a linha Aeropuerto de Barajas (Terminais T1, T3 E T4) a estação Atocha Renfe. Pagamos 6 euros na passagem. A linha tem ônibus de cada 15 a 20 minutos e aos sábados a cada 25 minutos. Da estação pegamos um taxi e nos dirigimos até o hotel. Poderíamos ter ido de metrô, mas ainda não dominávamos o desenho e as diferentes linhas.
Deixamos a bagagem no hostel San Martin – que aliás, o custo/benefício é excelente - e fomos a pé para a Plaza Mayor. Um lugar eclético, onde pode se ver de tudo. Lá encontramos um espanhol que tem a noiva em São Paulo e que iria passar o reveillon em Floripa. O mundo é mesmo pequeno. Se não encontramos brasileiros, encontramos alguém que tem o pé no Brasil.
Em seguida caminhamos, tiramos fotos, comemos tapas de calamares acompanhado uma salada e uma cervejinha para relaxar. 
Plaza Mayor - foto Erika Bartachevits
O fuso nos deixava confusa. Como em Madri anoitece às 10 horas, retornamos ao hotel pelas 11 horas para tentar dormir. O que só conseguimos lá pelas 2 horas da madrugada. 
Acordamos às 9 horas no dia seguinte, tomamos café, organizamos a agenda e lá fomos nós conhecer Madri. Do hotel fomos caminhando para a Puerta del Sol, onde tem o marco zero da Espanha. De lá fomos caminhando pela Calle Mayor até a Catedral de Santa Maria e o PalácioReal de Madrid ou Palácio de Oriente . No Palácio o ingresso custa 10 euros e estudante paga menos (levei minha carteirinha da Universidade do Brasil e a senhora aceitou). Fomos nos Jardins de Sabatini que não são tão grandes quanto parecem. Caminhamos pela Plaza de Oriente, Teatro Real e chegamos  ao Mercado de São Miguel em uma rua perto da Calle Mayor. Como havia muita gente optamos por um restaurante ao lado, onde comemos uma bela paella, um prato delicioso e tradicional espanhol.  Tomamos um sorvete e voltamos para o hostel para recarregar as baterias. Ao final da tarde após as 17h, fomos ao Museu do Prado*, horário em que o ingresso é gratuito.
Marco zero da Espanha na Pueta del Sol - foto Erika Bartachevits
Palácio Real de Madri - foto Erika Bartachevits









Do Museu do Prado resolvemos entender o sistema de metro e de trem de Madri, uma vez que teríamos que apanhar o metro no dia seguinte para ir de trem à Toledo.

*Em Madri é importante observar que em determinados dias e horários os museus tem entrada gratuita. No Museu Reina Sofia o ingresso é livre aos domingos e todos os dias (exceto nas terças) após as 19h.