quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A influência do inglês em Portugal

            Sei que estou meio sumida do recinto, mas a fim de dar umas notícias e contar curiosidades daqui resolvi fazer esse texto.
            Hoje durante uma aula no meio de uma explicação, a professora sem conseguir  se lembrar do termo em português, utiliza da palavra ‘underground’ querendo dizer ‘ultrapassado’ ou algo do gênero para complementar o assunto. Foi aí que me lembrei que aqui em Portugal a influência do inglês é muito maior que no Brasil.
            No meu primeiro fim de semana oficial aqui em Portugal, os meninos e eu fizemos uma viagem para a região da fronteira com a Espanha, o Gerês. (Provavelmente eu publique o texto da viagem ainda. Mas esse não é o foco de hoje). Ao final do primeiro dia, chegamos em uma lanchonete e quando fui pedir a minha bebida ‘Me vê um chá, por favor?’ referindo ao que eles chamam aqui de ‘Iced Tea’. A atendente não me entendeu. Pensou que eu estava a pedir sobre chá quente, fui aí que apontei na ‘vitrine’ para a latinha de chá gelado com limão. Um outro senhor que estava nas proximidades e que prestou a atenção na situação ocorrida começou a alegar que os brasileiros são muito influenciados pelos americanos e que os termos que usamos são todos americanizados e que eles tinham uma grande influencia dos ingleses, mas era só.
            A partir dessa ‘crítica’ eu me pergunto. Se nós que somos influenciados e que nossas palavras são americanizadas, por que nas placas de ‘Pare’ das ruas daqui (aqueles hexágonos vermelhos) não está escrito ‘Pare’ e sim a sua versão inglesa ‘Stop’? Por que aqui, nas lojas de camisetas personalizadas e de souvenirs não está escrito ‘camisetas’, mas sim ‘t-shirts’? Por que os professores quando nos pedem para entrar na plataforma do ‘E-learning’ a fim de ‘fazer o print’ do arquivo, e não a impressão?
            Isso tudo é muito curioso, pois quando estava nos preparativos para vir para cá, pensava que Portugal fosse um país muito mais enraizado que o Brasil, porque sim, nós temos muita influência, principalmente, dos EUA. Não estou a dizer que com a ‘aportuguesação’ das palavras nos faz mais patriotas, até porque o que faz o patriotismo não é o número de palavras na língua oficial do país, mas sim o orgulho de sua história e seu país.