Hoje, dia 4 de
outubro completa 1 mês que saí de casa rumo ao intercâmbio em Portugal. Às
vezes dá a impressão que faz meses que eu estou aqui. A adaptação ao estilo de
vida português foi relativamente rápido comparado ao que imaginava que seria.
Mas ao mesmo tempo parece que faz apenas 1 semana. A cada dia que passo aqui
aprendo algo diferente e tenho desafios diferentes.
Pois é. Muita
coisa já aconteceu nessas 4 semanas. Chorei desesperadamente porque não tinha
achado nenhum lugar para morar. Me encantei com o campus da Universidade que se
difere muito do meu. Fiquei feliz porque achei meu cantinho. Viajei para 4 cidades
já. Fiz trilha, algo pelo qual sou apaixonada, em terras desconhecidas. Pedi
carona para voltar para casa. Fiz amigos. Dormi tarde porque não conseguia
dormir em conseqüência do som do barzinho aqui em frente de casa. Me perdi na
Universidade. Fiquei meia hora esperando a turma e o professor chegar, mas eles
não chegaram. Acordei atrasada para aula e quando acordei, me falaram que o
professor não tinha ido. Andei na chuva. Andei no sol escaldante. Enfim, fiz
muitas coisas das quais com certeza não teria feito metade delas se não tivesse
saído da minha zona de conforto do Brasil.
Contudo, nada
disso teria acontecido se a minha Universidade não tivesse confiado em mim para
‘representá-la’ na Universidade parceira, se meus pais não tivessem confiado em
mim de ‘me largar’ num continente estranho para ficar um ano sozinha e ter as
minhas responsabilidades e se eu não tivesse largado meus amigos e familiares e
recomeçado praticamente uma vida nova do zero.
A saudade da
minha família, dos meus amigos, das pessoas que deixei lá, do colo da minha
mãe, das palhaçadas com meus amigos, do sotaque português brasileiro, do feijão
com arroz e farinha, da bisteca de porco com couve refogada com bacon, de ter
um forninho em casa, de poder andar de carro nos dias de frio e chuva, de sair
com meus amigos nos fins de semana, de ficar em casa vendo filme com eles no
fim de semana, de não ter vergonha de perguntar em sala de aula, da minha
faculdade em que todos os alunos se conhecem já é grande. Na realidade sinto falta de coisas que nunca teria imaginado que fariam falta para mim.
Agradeço
infinitamente aos meus pais por terem me proporcionado essa oportunidade. Se
não fosse o esforço, a luta que vocês tiveram para chegar aonde chegaram,
dificilmente eu estaria aqui em Portugal. Agradeço à galera do Núcleo de
Relações Internacionais da minha faculdade por terem aguentado as minhas idas e
aporrinhações semanais lá no escritório deles. E também quero agradecer muito
aos meus amigos que apesar de não quererem que eu ficasse longe por conta da
saudade e da parceria, não foram egoístas um único momento e sempre me
encorajaram e estimularam a minha vinda para cá nos meus momentos de pânico.
Muito obrigada gente, mesmo! Eu amo e sinto muitas saudades de vocês!
Quando li, vejo quanto tu cresceu!!
ResponderExcluirBejink, bejink, bejink. T amo
Mamy
Mãaae! Que saudades eu to!! Te amo, beijão! <3 <3
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